Miguel Monteiro
Há pessoas que possuem aqueles gestos, atitudes, comportamentos que não enganam. São espontâneas, apesar de sábias; vitalistas, apesar de ponderadas. Imensas foram as tertúlias, imensas foram as minhas interrogações sobre o porquê de me ouvir e o porquê de me ensinar. Aprendi com o Miguel a saber ouvir. Aprendi com o Miguel o prazer de criar. Enquanto uns nos dizem como deve ser, o Miguel era. O seu exemplo preenche uma vida. Vivia as situações, era emotivo por convicção e racional por dever. Quando hoje tenho um problema para resolver, pergunto: como é que o Miguel resolveria a situação? Foi com esta viagem à sua mente que resolvi muitos dos meus problemas. Ainda hoje pensei: como é que o Miguel reagiria à sua morte? Julgo que era a única coisa que não sei responder por que o Miguel era vida, ou melhor, é vida.
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